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terça-feira, 22 de novembro de 2022

Por que devemos ser favoráveis à regulamentação do setor de TI?

 

Durante as últimas eleições presidenciais, levantou-se um intenso debate acerca da regulamentação das profissões de TI, em especial a de desenvolvedor. Essa discussão não é nova, e já se arrasta, pelo menos, desde o fim da década passada.

Temos várias opiniões acaloradas, uma das quais é a de que não precisamos do Governo para selecionar bons profissionais para trabalhar nas empresas. Outros, ainda, acreditam que, com a regulamentação, parte de seus salários será descontada em favor de sindicatos e, por isso, a mesma é automaticamente ruim.

Reduzir uma questão complexa como essa a tal maniqueísmo é, simplesmente, desconhecer a questão e as eventuais vantagens que uma eventual regulamentação – que sequer foi discutida ainda - poderia fazer.

Sobre os sindicatos, é necessário explicar que eles não são organizações que apenas “sugam” o dinheiro dos trabalhadores, mas organizações de classe, construídas pelos próprios profissionais. Dependendo do local e da categoria, muitos sindicatos oferecem serviços como assistência jurídica, médica, odontológica, descontos em estabelecimentos, cursos de formação e, muitas vezes, encaminham os jovens profissionais para o primeiro emprego.

A adesão a sindicatos no setor de tecnologia, aliás, está ganhando cada vez mais força em países como os EUA, tidos por muitos como “terra da liberdade”. Basta conferir algumas notícias, como essas:

Além disso, uma eventual regulamentação traria melhores condições de trabalho para todos. Nesta reportagem de 2019, é revelado que alguns desenvolvedores que trabalhavam para uma empresa terceirizada da Apple, responsável por desenvolver algumas funções do Apple Maps, “descreveram um ambiente de trabalho ruim com máquinas de venda insuficientes, longas filas para banheiros masculinos […] e restrições ao uso dos banheiros designados para funcionários em tempo integral da Apple. Para proteger os segredos da Apple, a gerência instruiu os funcionários a entrar no prédio pela porta dos fundos todos os dias e a caminhar vários quarteirões do prédio antes de pedir carona para casa no final do dia” (tradução nossa), sem falar das condições psicológicas.

No Brasil, em especial nas redes sociais, é comum vermos relatos de desenvolvedores acerca de seus problemas emocionais, como burnout, depressão, ansiedade, estresse, entre outras doenças que podem, ou não, ser causadas pelo excesso ou pelas pobres condições de trabalho. Isso, é claro, sem mencionar as famosas empresas que anunciam vagas exigindo qualificações esperadas de um sênior a R$ 1.200,00 ou menos.

Uma eventual regulamentação poderia, enfim, trazer mais fiscalização às empresas de TI, garantindo que os trabalhadores dessa área tenham condições de trabalho adequadas e, eventualmente, um piso salarial, garantindo que nenhum trabalhador ganhará menos do que um determinado valor em local algum do país.

Em relação à exigência de cursos técnicos ou de faculdades, esta é outra discussão que, se aprovada, também será benigna para todos.

É incompreensível a verdadeira aversão que grande parte dos profissionais de desenvolvimento possuem dos ensinos técnico e superior. Não se trata do discurso de “eu não tenho faculdade, pois não tive oportunidade de fazer”, mas sim de pessoas que, mesmo tendo condições, recusam-se a fazer tais cursos, pois não enxergam, neles, valor.

Tais pessoas, porém, não compreendem que um curso superior não é apenas uma repetição de “videoaulas do YouTube“, mas sim uma introdução ao pensamento científico e acadêmico, indispensável para que o indivíduo possa ter uma opinião crítica acerca dos fatos que o rodeiam, evitando repetir discursos de impacto enlatados que são repetidos por “influenciadores” de redes sociais, sem realmente entender o que está em jogo.

Foi-se o tempo em que ser desenvolvedor era sinônimo de status: hoje, grande parte dos profissionais dessa área sofreu um terrível processo de “uberização”, estando subqualificados em um imenso chão de fábrica virtual.

Assim, uma eventual regulamentação das profissões de TI trará melhores condições de trabalho, maior segurança jurídica para a categoria e poderá melhorar o nível técnico dos profissionais da área.

Fonte: https://www.profissionaisti.com.br 

 

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